Closet compartilhado para bebês
Você já ouviu falar em closet compartilhado para bebês? Trata-se de um ótimo serviço para as famílias que amam ver os pequerruchos cheios de estilo, não querem gastar muito e acham um desperdício investir em roupas que têm um prazo de uso extremamente curto.
A novidade está chegando a Porto Alegre com dois serviços: o Loop for Good, com peças para até dois anos, e a Pingo – Roupinhas Circulares, com opções para até um aninho. Esses guarda-roupas compartilhados são garantia de looks lindinhos e permitem que a vida útil dos produtos seja aproveitada em todo o potencial, evitando desperdícios e diminuindo resíduos para o planeta. Um elo entre estilo e sustentabilidade mais do que necessário, não é?
Loop for Good
Com assinatura mensal, o Loop for Good, projeto das manas e mamães Camila e Carolina Dutra, é uma plataforma de aluguel na qual você escolhe as peças diretamente no site, de acordo com o tamanho/idade do bebê. Depois, basta decidir o tempo de aluguel, que varia de um a três meses, para receber tudo em casa, em qualquer lugar do Brasil.
Após aproveitar bastante, as roupinhas são devolvidas e passam por um processo de higienização para as próximas locações. Se alguma peça estragar ou manchar, não precisa se preocupar. Pequenos reparos e lavagem especial estão incluídos no valor da assinatura. E assim o processo se inicia novamente: novas roupinhas, novo prazo, novo uso, nova devolução.
Importante comentar que, na Loop for Good, a preocupação com o consumo sustentável envolve todos os processos – do envio, usando embalagens com zero uso de plástico, passando pela limpeza, com produtos veganos e biodegradáveis, e também no incentivo à indústria criativa brasileira, com marcas nacionais selecionadas para o closet.
Pingo – Roupinhas Circulares
Na Pingo – Roupinhas Circulares, da bióloga e mamãe Camila Marchetto, o funcionamento é muito parecido. O acervo é composto de roupinhas usadas que podem ser alugadas por um período que também varia de um a três meses. Você ainda pode renovar a assinatura quando quiser. E, depois do período contratado, as peças devolvidas são higienizadas de forma sustentável e hipoalergênica e voltam ao closet.
A diferença está na escolha das roupinhas, que pode ser feita pelo Instagram da Pingo ou por WhatsApp. A família entra em contato com a equipe, que faz um questionário sobre estilo, necessidades, possíveis restrições. A partir das respostas, são enviadas as alternativas de roupas para a escolha. As pecinhas são entregues em casa – mas, por enquanto, apenas em Porto Alegre e em algumas cidades da Serra.
Troque a posse pelo acesso
A ideia de closet compartilhado é mais do que bem-vinda: é necessária quando, cada vez mais, buscamos minimizar os efeitos nocivos da cadeia fashion ao meio ambiente. A moda é a segunda indústria que mais polui, e muito dessa poluição é decorrente do descarte de peças.
No Brasil, estima-se que são geradas 170 mil toneladas de resíduos têxteis por ano, sendo que 80% do total vai parar em lixões e aterros. No mundo, por ano, 500 bilhões de dólares são jogados fora com roupas que foram pouquíssimo usadas e que quase nunca são recicladas. Estima-se que, por segundo, um caminhão de lixo cheio de sobras de tecido é queimado ou descartado em aterros. Assustador, não? É isso que acontece cada vez que compramos uma “brusinha” qualquer.
Entre as muitas formas de repensarmos nosso consumo de moda, é preciso olhar para a roupa de forma menos descartável e prezar pelo reaproveitamento das peças das mais diferentes formas – inclusive, incorporando o closet compartilhado entre as opções para se vestir com estilo. Uma alternativa sustentável para responder ao desejo pelo novo, por peças inéditas e cheias de personalidade.
No Brasil, existem dezenas de alternativas de closets compartilhados, inclusive infantis, como a Tuga, do Rio de Janeiro, uma assinatura de roupas que também veio para facilitar um consumo mais sustentável nos dois primeiros anos de vida do bebê e entrega seus kits para todo o Brasil. Em São Paulo, a Roupateca, Entre Nós, uma das mais reconhecidas, que tem como proposta trocar a posse pelo acesso – ótimo isso, né? – e trabalha com assinaturas diferenciadas em números de peças.
Em Porto Alegre, um dos serviços mais conhecidos é o Otra Vez, da socióloga Bruna Stephanou, um brechó de venda de peças, mas também um serviço de closet compartilhado, com aluguel de roupas por assinatura. Com curadoria vintage, em que a maioria das peças tem uma pegada diferenciada, o acervo é garimpado em brechós da Capital e no closet de amigas cheias de estilo de Bruna.
Em Caxias do Sul, está estreando a Sou Bosque, um projeto de consumo colaborativo que reúne diversas marcas autorais da serra gaúcha – muito bacana, né? Pelo Instagram, você escolhe as peças e o período que deseja ficar com elas, de cinco a 10 dias. A retirada é realizada na loja física, onde também deve ser feita a devolução – e tudo será higienizado pela equipe do projeto. Caso você se apaixone por alguma das peças, ela pode ser comprada.